O complexo arqueológico/espeleológico da Serra da Tesoura, Boqueirão, Paraíba.
Equipe GPE/LABAP/SPA |
Os
sertões da Paraíba, cobertos pelas caatingas arbóreo-arbustivas, de
formação geológica cristalina, sol causticante, belas formações rochosa e
outrora habitada pelos indígenas Cariris e Tarairiús, guarda em seus
confins, riquezas materiais e naturais ainda pouco conhecidas.
O Grupo Paraíba de Espeleologia, ligado ao Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Estadual da Paraíba (GPE/UEPB), realizou mais uma investida pelas caatingas do município de Boqueirão e localizaram várias cavidades naturais do tipo abrigo sob rocha e ao menos três sítios arqueológicos, sendo dois cemitérios Cariris.
O Grupo Paraíba de Espeleologia, ligado ao Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Estadual da Paraíba (GPE/UEPB), realizou mais uma investida pelas caatingas do município de Boqueirão e localizaram várias cavidades naturais do tipo abrigo sob rocha e ao menos três sítios arqueológicos, sendo dois cemitérios Cariris.
Os abrigos rochosos estão localizados na Serra da Tesoura, distante da cidade de Boqueirão cerca de 14 Km, por estrada carroçável.
O que chamou a atenção de nossa equipe, além da beleza cênica do lugar (dos abrigos, da formação geológica antiquíssimo da região e da caatinga ainda preservada), foram os cemitérios Cariris, pois, ambos estão praticamente intactos, inclusive com claras evidências de material arqueológico aflorando, a exemplo de crânios humanos e vestígios de cerâmica.
Esses novos achados irão consolidar nossos estudos acerca dos indígenas Cariris e de suas formas de inumações. O que lamentamos é a escassez de recurso para escavá-los de imediato e estudar o material arqueológico coletado, bem como, a falta de incentivo dos governos (Federal, Estaduais e Municipais) em contribuir de alguma forma com as pesquisas nessas regiões. Ao contrário do que deveríamos fazer, nossa equipe acha por bem não divulgar a localização exata desses sítios, pois, o que ocorre, quase sempre quando divulgamos esses achados arqueo/espeleológicos, é uma corrida frenética de pessoas mal intencionadas a esses locais, que acabam por violar a necrópole e até destruir parte da gruta, com escavações clandestinas. Como exemplo, temos a Gruta do Caboclo, na Paraíba, que foi completamente vandalizada e os resultados desses atos ilegais serão mostrados no 33º CBE.
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